Muitas pessoas descobrem com o passar dos anos, outras não chegam nem mesmo a descobri-la. A doença celíaca é auto-imune, caracterizada pela intolerância ao glúten em pessoas com predisposição genética. O glúten é uma proteína presente em diversos alimentos, como os que levam a farinha de trigo em seus ingredientes e que pode causar graves danos ao intestino. A complicação não é das mais comuns, porém, não deixa de contar com um número alto de manifestações: 1 em cada 100 pessoas (1% da população mundial). Muitos não sabem que carregam esta predisposição genética e que desenvolveram a doença, deixando de fazer uma dieta sem glúten, o que acarreta em complicações futuras. O glúten não some dos alimentos, mesmo quando são assados, fritos, cozidos ou lavados, portanto, uma dieta sem glúten é fundamental para quem for diagnosticado com a doença.
Segundo a Acelpar (Associação dos Celíacos do Paraná), a doença afeta o intestino delgado e pode interferir na absorção de nutrientes indispensáveis para o nosso organismo, como por exemplo, carboidratos, proteínas e vitaminas. Os sintomas da doença celíaca começam a aparecer a partir do início da infância, entre 1 a 3 anos de idade, ao longo de toda a vida adulta, conforme o organismo fica mais debilitado. Atualmente, adultos são tão diagnosticados quanto crianças. Dentre os sintomas da doença celíaca, se incluem:
– Diarreia;
– Flatulência;
– Sensação de fraqueza e mal-estar;
– Perda de peso;
– Dores abdominais;
– Queda de cabelo;
– Anemia
– Infertilidade;
– Déficit de crescimento em crianças.
Atenção: Você pode ter a doença celíaca até mesmo sem apresentar nenhum tipo de sintoma. Portanto, é importante métodos que possam vir a diagnosticar a complicação.
Como os sintomas da doença celíaca não são exclusivos, eles podem ser confundidos com diversas outras doenças. Existem pessoas que nem mesmo apresentam os sintomas, mesmo sofrendo da complicação, como dissemos anteriormente. Para saber se você “pode” ou não com o glúten, realize algum destes métodos:
– Exame de sangue, que irá medir os anticorpos produzidos pelo organismo contra o glúten;
– Teste genético, procurando os marcadores de seus genes HLA-DQ2 e HLA-DQ8
– Biópsia do intestino, feita através de uma endoscopia, é a forma mais assertiva de diagnosticar doença.
Se o seu filho apresenta sintomas de intolerância ao glúten, não deixe de levá-lo ao médico o mais rápido possível, pois isto pode comprometer o desenvolvimento de seu organismo.
A doença celíaca não tem cura, de maneira que não existem medicamentos que irão acabar com a complicação. A principal forma de combatê-la é evitando os alimentos que contêm a proteína, através de uma dieta sem glúten. É importante estar atento à contaminação cruzada, que ocorre quando os alimentos que não contêm glúten naturalmente, acabam sendo contaminados pela substância através do contato com outros alimentos.
1- Alimentos que contenham farinha de trigo e centeio, malte e aveias (não certificadas) como pães, massas, biscoitos e bolachas. Indicamos que você opte por farinha de arroz e mandioca e seus derivados.
2- Bebidas alcoólicas derivadas da cevada e destilados como cervejas, whisky’s e vodcas (verifique o rótulo). Prefira bebidas sem álcool, cervejas sem glúten, vinhos;
3- Pizzas, mas as da Rigani você pode! Nossas pizzas são feitas em uma cozinha descontaminada, com massas que levam uma receita especial, livres de qualquer contaminação cruzada. Clique aqui e confira nosso cardápio de pizzas sem glútem em Curitiba
4- Lanches e salgados como cachorros-quentes, hambúrgueres, coxinhas, risóles, pastéis. Procure salgados feitos com massa sem glúten, livres de contaminação cruzada.
5 – Carnes como empanados, nuggets e carnes à milanesa, o restante está liberado, com ressalvas. Existem açougues que utilizam amaciantes ou farinha de rosca, o que pode resultar em contaminação cruzada. Certifique-se de que o açougue que você compra não faz o uso destas substâncias.
6- Doces como muitos chocolates, bolos, docinhos de festa. Prefira chocolates amargos, mas leia sempre o rótulo para ter certeza.
7- Temperos e condimentos. Tome cuidado com alguns como a mostarda, catchup, pimenta branca e diversos outros molhos prontos industrializados. Prefira os temperos naturais, como pimentão, cebola, cebolinha e alho.
Existem alimentos que podem estar sujeitos à contaminação cruzada, como por exemplo biscoitos de polvilho, pães de queijo, frios e cafés servidos em padaria. Além de alimentos de restaurantes em geral, que podem ser contaminados através do óleo reaproveitado, uso de utensílios de cozinha, ou mesmo produtos que compartilhem a mesma área de manipulação de produtos que levam glúten.
Existem muitas pessoas que cortam o glúten de sua alimentação por opção própria, mesmo sem tem qualquer complicação genética ou alérgica com a substância. Seguir uma dieta sem glúten por opção resulta em uma alimentação mais saudável e evita possíveis complicações futuras para o organismo. Antes de iniciar uma dieta sem glúten, é recomendado fazer os exames sorológicos (antiendomisio IGA, anticorpo transglutamianse IGA e IGA total), pois 40% dos celíacos não têm sintomas gastrointestinais e você pode ser um deles.
Uma pesquisa de 2011 realizada por universidades e publicada pela PloS One indicava o número alarmante de que a doença celíaca matava 42.000 crianças no mundo todo. Não encontramos dados mais recentes de pesquisas similares, porém, temos grande esperança de que este número tenha diminuído. Todas estas mortes são reflexo da falta de um tratamento adequado, muitas vezes por desconhecimento sobre a doença. Seja por parte dos cidadãos, ou até mesmo em diagnósticos equivocados por parte de médicos.
Cerca de dois milhões de brasileiros são celíacos, mas muitos não sabem disso e podem confundir a doença com problemas no intestino, deixando de fazer um diagnóstico correto e isto pode até mesmo resultar em morte. Nos ajude a impactar mais pessoas com este post, para que cada vez mais conheçam os sintomas da doença, façam o diagnóstico e tomem todas as precauções necessárias. Compartilhe!